Olho para a realidade desprovida de silêncios.
As coisas são o que são. Porém, há que ter em conta
a gravidade que as prende à terra.
Os signos são os poucos recados que a vida pouca nos traz.
São o muito desta vida
onde árvores se perfilam nas avenidas, e nas avenidas
o frágil contraponto de domingo se passeia
atento à soalheira chegada de famílias-à-beira-Tejo
alheias à semana que aí vem, onde cada um por si,
e a desrazão por todos,
irá colher as incertezas do amanhã.
Dos sentidos todos o que resta são olhos fechados,
tacto de treva onde a realidade acaba
como um promontório sobre o Outono: onde começo
a contar as folhas, a memória da sua queda, a avisada música.
Luís Quintais - Série: Poetas de Angola
Olá!Bom dia!
ResponderExcluirTudo bem?
Que lindo e diferente! Não os conhecia,Poetas de Angola, Luis Quintais...
Eu gostei e também, gostei muito do seu blog!
Obrigado pelo carinho da participação em meu blog!
Muito feliz!
Bom domingo do Dia dos Pais...
Beijos
Olá Felisberto!
ExcluirFico muito feliz com sua visita e carinho.
Temos vários poetas espalhados por esse mundo e resolvi iniciar uma série com os de Angola, pois já conhecia e muito aprecio, que bom que também gostou.
Uma linda semana..beijos doces.